Conhecendo nosso filho (3/3)
- Barbara Passeri
- 17 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de ago.
Ligamos para o hospital. Victor, meu marido, ligou enquanto eu perguntava pra ele mil vezes, e aí tudo certo? E ele calma tão transferindo a ligação.
E aí? Podemos ir? E aí? E Aí? Balança a cabeça pra eu saber.
Quando ele finalmente conseguiu falar com a assistente social do hospital ela autorizou a gente ir.
Pegamos o carro. Eu fui dirigindo. E sem que ninguém pudesse saber, além de nós, fomos para o hospital.
No caminho com o rádio ligado, uma moça pediu uma música e disse que era para os pais dela, que haviam adotado ela quando criança.
(Tumdummmmm)
Se já estávamos emocionados, aí mesmo que as lágrimas caíram.
Sim genteeee essas “coincidências” acontecem o tempo todo. Desde que escolhemos seguir no caminho da adoção. Foram muitas vezes que o universo nos presenteou, nos dando forças até encontramos nosso filho.
Chegando no hospital fomos recebidos pela assistente social e pela equipe médica.
Enquanto eles falavam mil coisas,
na minha cabeça (eu quero ver meu filho, quando vão nos levar pra vê-lo, eu quero vê-lo).
Depois de algumas orientações, deixaram a gente subir para o UTI neonatal. Passamos por várias incubadoras até que a doutora apontou e disse: É ele.
De novo eu estou chorando escrevendo. É uma emoção muito grande. Imagina gente, ver seu filho ela primeira vez pequenininho, com a sonda no nariz, cheio de fios que vc não entende, aparelhos apitando com a fraldinha de RN que ia no peito.
E, mais uma vez a equipe falou um monte de coisas. Na minha cabeça ( eu quero segurar ele, eu não saio mais daqui sem ele)
Depois de termos acesso ao prontuário dele, pedimos pra ficar no hospital, mas só poderíamos com a autorização da equipe médica e da juíza. E vivaaaaa conseguimos!!! O papai só era autorizado visitas e não podia dormir. Eu podia ficar direto. E assim fizemos.
Fomos rapidamente em casa fazer uma bolsa pra eu poder passar as noites e tivemos autorização para contar para os avós.
Temos os vídeos desse momento lindo.
E assim, resumidamente, voltamos ao hospital e cuidamos do nosso filho até que ganhasse o peso para ter alta. Também precisávamos aguardar que saísse a guarda provisória para que pudéssemos levá-lo para nossa casa.
Sabe o dia saiu a guarda provisória? Dia 19 de maio. Dia do meu aniversário.
Ano passado estávamos no meu aniversário agarradinhos no hospital e pouco tempo depois teve alta e fomos para casa.
Tem muito mais história, muito mais detalhes, eu compartilhei o que acredito que respeita a história do meu filho. Mais coisas cabe a ele um dia contar se desejar.
História que começa claro antes de nos conhecermos. Sempre vamos apoiar e respeitar sua origem. Somos gratos a quem o gerou e mais gratos ainda por de forma segura, entregá-lo a adoção.
Adotar é amar, respeitar as origens, acolher, cuidar, ser família e muito mais.
Te amo incondicionalmente meu filho. Obrigada por me tornar mãe.
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