Arte minha companhia
- Barbara Passeri
- 9 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Essa semana vi o documentário em homenagem a Jô Soares e chorei litros.
E pq me emocionei tanto?
Antes de responder preciso situar que tenho 35 anos, então grande parte da minha vida foi sem ter a internet como entretenimento.
Segundo meus pais eu sempre fui uma criança que dormia tarde. Contam que desde bebê, eles já caindo de sono, me ninando olhavam pra mim e eu lá firme com olhos arregalados kkkkkk. Pois bem, até a fase adulta foi assim.
Então vc imagina, quando criança e adolescente todos em casa já dormindo e eu acordada. Da onde vinha meu entretenimento? Minha companhia? Da tv.
E a madrugada era do Jô Soares. Inúmeras vezes seu programa foi minha companhia.
Ali aprendi demais. Tantas entrevistas que assisti dos mais diversos assuntos e o mais bacana de tudo não só de pessoas famosas.
E de onde veio minha emoção?
Além claro da saudade, pois tem gente de presença tão forte como o Jô, que a gente não acredita que possa partir, a emoção vem do fato de perceber que sim ele foi uma companhia que perdi.
No documentário das principais entrevistas que mostraram eu devo ter visto pelo menos 90%. Porque o que não vi pela tv, mais velha vi pelo YouTube.
Posso sem dúvida afirmar que seu programa fez parte da minha formação com pessoa buscando levar uma vida que valoriza o humor, a diversidade, a curiosidade.
Foi ali que a primeira vez ouvi sobre ditadura e os horrores da censura.
Foi ali que aprendi muito sobre a diversidade sexual.
Foi ali que aprendi muito com profissionais das mais diversas áreas.
Claro ninguém é perfeito, nem Jô, nem o programa e nem eu.
Mas é um fato que ele esteve a frente do seu tempo e muito contribuiu para levar informação e diversão.
Além do Jô, quantos filmes, outros programas, músicas, livros são nossa companhia.
Quem passou pela pandemia então sabe que ficou ainda mais evidente o quanto a arte é essencial em nossas vidas.
Obrigada pela companhia. Saudade.




Comentários